sábado, 14 de julho de 2007

Não Pague Mico pro Senado

Certamente, estamos vivendo uma das épocas mais obscuras da nossa história, onde o caos social está instalado e parece não haver mais esperança com relação ao nosso futuro.

Realmente é difícil ter esperança quando descobrimos que o Estado que nos governa é insolente quanto aos tributos que nos extorque em troca dos serviços porcos que nos presta. Os políticos pagos (e muito bem pagos) pra se preocupar com o nosso país e com os nossos problemas vivem seus joguetes políticos em meio a CPIs e aos holofotes da mídia, num grande picadeiro eletrônico.

O Congresso Nacional é um dos mais caros do mundo e tem orçamento previsto para 2007 em mais de 6 bilhões de reais. Conforme estudo recente da ONG Transparência Brasil, o Congresso Brasileiro (compreendendo Câmara dos Deputados e Senado Federal) gasta R$ 11.545,04 por minuto. Só é superado pelo dos Estados Unidos, sendo quase o triplo do orçamento da Assembléia Nacional francesa.

O mandato de cada um dos 513 deputados federais custa R$ 6,6 milhões por ano. No Senado, o mandato de cada um de seus 81 integrantes custa quase cinco vezes mais, R$ 33,1 milhões por ano. Imaginando-se que o Congresso Nacional mantivesse o mesmo orçamento que tem hoje, mas distribuído por uma quantidade de parlamentares tal que o custo de cada mandato fosse compatível com o europeu, a instituição teria 2556 integrantes.

É tanta podridão que muitas vezes caímos em desesperança, não sabendo exatamente o que fazer, frente à imensidão da lama na qual estamos mergulhados. Um bom começo talvez seja diminuir o tamanho desse lamaçal.

Uma das coisas mais evidentes no Brasil hoje é que nós não precisamos de um senado federal. Até mesmo uma criança coreana sabe disso. Sustentamos uma estrutura que descende do velho Império, uma corte de 81 senadores, além de seus assessores e toda sorte de benefício invejáveis que eles detêm. Aqui você pode ver todas as atribuições específicas do Senado e ficar tranqüilo, pois o fim do Senado não representa nenhum perigo à governabilidade política do país, pelo contrário. A Câmara dos Deputados poderia suportar essas atribuições com um custo cinco vezes menor do que o Senado.

Certamente, daríamos um golpe forte na burocracia política, economizaríamos muito dinheiro e avançaríamos no combate à desigualdade social reinante nesse país. Principalmente, estaríamos dando um sinal de esperança para os outros 190 milhões de brasileiros que não conseguiram uma boquinha em Brasília.

Recentemente, o deputado federal Fernando Gabeira defendeu o fim do Senado, com a adoção de um sistema unicameral. Obviamente, foi uma das únicas vozes do meio político a bradar tal heresia, em cortar na própria carne.

O resumo da ópera é que, se dividíssemos o custo anual do senado pelo número total da população brasileira, uns 4 bilhões pra lá, outros 188 milhões pra cá, chegamos à conclusão de que cada brasileiro paga em torno de VINTE REAIS para manter essa estrutura, inclusive o cara que mora embaixo da ponte, o camarada que corta cana por 5 reais a semana e por aí vai. Em suma, o fim do senado representaria hoje uma nota de 20 reais no bolso de cada brasileiro. Aquela com um simpático mico-leão-dourado no seu verso.

Então, meu coincidadão pare de pagar mico pro Senado e apóie essa campanha. Em breve, mais novidades...

Um comentário:

Anthero Filho disse...

è isso ai camarada Caco Rocha,
FIM do SENADO JÁ!!!